segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Dia das bruxas



Quando é minguante a lua, chamo Ela de avó e no caldeirão de Cerridwen afloro os meus dons, refaço minhas proteções.




Costumo chamar a lua brilhante no céu de Jaci. E é através dos ciclos dela que escolho a decoração do meu altar e o momento de banir e de abençoar.
A terra pra mim tem muitos nomes. Gosto de chama-la de Pachamama ou simplesmente de Mãe. Sobre Ela, na mata fechada,ao comando do Deus de chifres, correm espíritos livres e selvagens. O ar é cheio de gênios, as árvores são dríades e na floresta dançam uma infinidade se seres de luz e sombras.
O mar, ah, o mar... pra mim é uma entidade viva, feminina e pulsante. Chamo Ela de Yemanja, e sempre que vou até Ela comungo de um banho de luz com as ondinas, nereidas e as Filhas de Ran. Na praia ou em algum rochedo bonito, reverencio sempre Njord e Mannanan, Senhores Deuses que navegam sobre Ela.

Quem comanda as chuvas é Tupã, pai do trovão e é no pico das montanhas, entre as moradas dos Trolls e dos elfos, que o reverencio junto a Anhangá, senhor dos limites.
Quando soa forte a batida do tambor xamânico, apanho me chocalho, saúdo meu animal de poder que está dentro e fora de mim e deixo os Deuses se manifestarem em meu corpo, pois o meu corpo é o templo sagrado dEla.

Não temo os espíritos ou os seres do mundo de Hel ou de outros mundos escuros. Quando fica negra a lua, Morrigan, a Deusa corvo é quem me abraça. Com seu manto negro sobre meus ombros, vejo o ontem e o amanhã no mirar do espelho, no abrir do oráculo rúnico das Nornes.

Quando comungo das sagradas medicinas dos ancestrais ao redor da fogueira, saúdo e reverencio sempre os espíritos do fogo, por quem tenho o maior zelo. Quando está cheia a lua, danço ao redor deles e com o auxilio dos ancestrais, elevo ao universo um espiral de amor e cura. 

No universo da bruxa, tudo é vivo e animado. A magia, os espíritos e os Deuses estão em todas as coisas. No universo da bruxa, tudo é sagrado.

Sillae Mac Green.

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