sexta-feira, 27 de junho de 2014

A CIÊNCIA DIVINA

Não acredito que eu esteja neste mundo apenas para cumprir uma função  biológica. Não sou apenas o ganhador de uma corrida na maratona
espermatozóide que, como recompensa, levou a taça da fertilidade.

Eu creio em transcendência. Não se trata de uma crença estúpida,  cartilha encomendada, ladainhas decoradas e repetidas sem
 questionamentos. Nada disso. Tenho provas da existência de outros planos.

É só olhar em volta atentamente, despido de qualquer influência mofada nas lavagens cerebrais espalhadas pela humanidade, para constatar que a ordem natural das coisas obedece a um ritmo de
perfeição e encantamento. Nada é por ser. Do ar respirado ao edifício moderno, tudo tem a ciência da exatidão divina. Nela não há justiça, nem injustiça, há vida. Deus é vida. Passado, presente e futuro são etapas do instante que se eterniza. Todo instante é a prova mais eficaz da presença divina. A evolução é inquestionável. Plano arquitetado com requintes de delicadeza. Só há uma lei: amor. E por incrível que pareça  é a mais descumprida. Se o homem entendesse o sentido do amor, na essência da palavra, o mundo seria um paraíso, Deus estaria cientificamente comprovado.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

XAMÃ

Em cada clima e cultura surgem almas que vivem a hora mágica da realidade. Craig Chalquist , fala: "Os xamãs são iniciados numa maneira consagrada de ser, sua ocupação está no não ordinário, no interior, na iluminação pelos sonhos, no intangível. Não sendo nem sacerdotes, nem curandeiros, algumas vezes funcionam como tal, são chamados de feiticeiros, magos, psíquicos, yogis, médiuns, místicos, videntes, bruxos.
Têm sido tocadores de tambor e dançarinos, artistas e atlet
as, treinadores e embusteiros, sábios e guerreiros. Mas, qualquer que seja seu papel, caminham pela Senda da mediação entre a paisagem cotidiana e o reino dos arquétipos. Com um pé em cada cavalo, aventuram-se, entrando e saindo de estados alterados de consciência.
"Xamã" é a versão de "Saman" (shah-man), substantivo e verbo dos Tungus da Sibéria. Onde quer que se encontre, o Xamã, feminino ou masculino, é o especialista da comunidade nas relações do além, do outro mundo, o mundo superior e o mundo interior, um esgrimista do mundo sobrenatural, um expert do êxtase.

Seja curando, guerreando, predizendo, mudando o clima, cozinhando ervas, fazendo máscaras, acompanhando as almas mortas ou localizando as perdidas, executa um papel de mestre das
 
operações do inconsciente."

Texto: Léo Artese