quarta-feira, 25 de junho de 2014

XAMÃ

Em cada clima e cultura surgem almas que vivem a hora mágica da realidade. Craig Chalquist , fala: "Os xamãs são iniciados numa maneira consagrada de ser, sua ocupação está no não ordinário, no interior, na iluminação pelos sonhos, no intangível. Não sendo nem sacerdotes, nem curandeiros, algumas vezes funcionam como tal, são chamados de feiticeiros, magos, psíquicos, yogis, médiuns, místicos, videntes, bruxos.
Têm sido tocadores de tambor e dançarinos, artistas e atlet
as, treinadores e embusteiros, sábios e guerreiros. Mas, qualquer que seja seu papel, caminham pela Senda da mediação entre a paisagem cotidiana e o reino dos arquétipos. Com um pé em cada cavalo, aventuram-se, entrando e saindo de estados alterados de consciência.
"Xamã" é a versão de "Saman" (shah-man), substantivo e verbo dos Tungus da Sibéria. Onde quer que se encontre, o Xamã, feminino ou masculino, é o especialista da comunidade nas relações do além, do outro mundo, o mundo superior e o mundo interior, um esgrimista do mundo sobrenatural, um expert do êxtase.

Seja curando, guerreando, predizendo, mudando o clima, cozinhando ervas, fazendo máscaras, acompanhando as almas mortas ou localizando as perdidas, executa um papel de mestre das
 
operações do inconsciente."

Texto: Léo Artese

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