Não acredito que eu esteja neste mundo apenas para cumprir uma função biológica. Não sou apenas o ganhador de uma corrida na maratona
espermatozóide que, como recompensa, levou a taça da fertilidade.
Eu creio em transcendência. Não se trata de uma crença estúpida, cartilha encomendada, ladainhas decoradas e repetidas sem
questionamentos. Nada disso. Tenho provas da existência de outros planos.
É só olhar em volta atentamente, despido de qualquer influência mofada nas lavagens cerebrais espalhadas pela humanidade, para constatar que a ordem natural das coisas obedece a um ritmo de
perfeição e encantamento. Nada é por ser. Do ar respirado ao edifício moderno, tudo tem a ciência da exatidão divina. Nela não há justiça, nem injustiça, há vida. Deus é vida. Passado, presente e futuro são etapas do instante que se eterniza. Todo instante é a prova mais eficaz da presença divina. A evolução é inquestionável. Plano arquitetado com requintes de delicadeza. Só há uma lei: amor. E por incrível que pareça é a mais descumprida. Se o homem entendesse o sentido do amor, na essência da palavra, o mundo seria um paraíso, Deus estaria cientificamente comprovado.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
quarta-feira, 25 de junho de 2014
XAMÃ

Têm sido tocadores de tambor e dançarinos, artistas e atletas, treinadores e embusteiros, sábios e guerreiros. Mas, qualquer que seja seu papel, caminham pela Senda da mediação entre a paisagem cotidiana e o reino dos arquétipos. Com um pé em cada cavalo, aventuram-se, entrando e saindo de estados alterados de consciência.
"Xamã" é a versão de "Saman" (shah-man), substantivo e verbo dos Tungus da Sibéria. Onde quer que se encontre, o Xamã, feminino ou masculino, é o especialista da comunidade nas relações do além, do outro mundo, o mundo superior e o mundo interior, um esgrimista do mundo sobrenatural, um expert do êxtase.
Seja curando, guerreando, predizendo, mudando o clima, cozinhando ervas, fazendo máscaras, acompanhando as almas mortas ou localizando as perdidas, executa um papel de mestre das
operações do inconsciente."
Texto: Léo Artese
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