Depois de receber 46% dos votos no primeiro turno, Dilma Rousseff ganhou um perfil, com análise de seu estilo, no site da tradicional Vogue italiana.
Na publicação, a candidata à Presidência é chamada de “Juana d'Arc da subversão” e dita como uma mulher “determinada, forte, dinâmica e irreverente”.
No entender da revista italiana, o novo visual de Dilma em nada faz lembrar a mulher do passado, que participou, entre outras coisas, da luta armada contra a ditadura.
- Ao desistir dos uniformes de guerrilha, a Pasionaria [referência à comunista espanhola Dolores Ibárruri] optou por um visual mais tradicional, com terninhos e jaquetas simples. Olhando para ela durante a coletiva de imprensa , vestindo um casaco branco de mangas três-quartos, cabelos eriçados e brincos de pérolas, é difícil imaginá-la em seu próprio passado.
A reportagem ainda questiona se a revolução pode estar viva em uma mulher de roupas tão clássicas e arrumadas. E vai além, colocando em dúvida se a mudança de estilo da canditada não é, de certo modo, uma inserção ao contexto de uma sociedade cada vez mais obecada pela aparência.
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